domingo, 5 de janeiro de 2014

É

Do ponto de vista humano, cada coisa tem um sentido único, não levando em consideração nem os princípios, nem a certeza.
Digo o princípio no sentido de crença naquilo em que se concebe piamente como verdade... absoluta, mais do que a verdade pode ser... mais do que se pode imaginar... mais até do que se é, de fato.
Assim, qualquer dúvida que se cria tem peso tão intenso quanto o de uma verdade incrédula, sem princípios ou qualidades sutis daquele mesmo ser humano do início.
Papo sem sentido mesmo é esse que não tem fim nem começo e, no meio faz parecer mentira tudo aquilo que um dia já foi real...
REALIDADE não faz parte do campo dos sentido aliás, briga com eles... logo, cria dúvidas.
Outra vez num ciclo vicioso, saindo e voltando para o mesmo lugar de sempre.
Não tem como começar um livro assim.. não tem como começar uma história assim.
Tem como começar algo que terá fim, que será confuso e doloroso quando puder.
No campo das ideias tudo acontece mais simples, sem engano, sem sentido. Mas, sem sentir sobra o seco, o vazio e exato.
Ser exato quer dizer não ser duvidoso. Ser extao, quer dizer ser simplório?
Simples mesmo é poder dizer, se experssar sem temer, porque o medo é campo dos sentimentos feridos.
Cada peso acaba ocupando um espaço que não era dele e cada espaço que não era dele, agora também não é meu.
Tenha luz, faça sol.. que seja exato o único momento em que se pode ser livre.
Aqui cabe a escrita, cabem as palavras em qualquer metro cúbico de espaço mínimo dos espaços existentes.
Se o espaço não é meu, também não pode ser do espaço. Para existir é preciso estar e para estar, é preciso ter coragem. Abrir mão de si e a porta ao desconhecido.
CONHECIMENTO de que para o que para quem?
Para nada. Se na falta dos sentidos, faz-se dele quase inimigo.
A mente é grande demais e não cabe em qualquer pessoa.
A mente é fria demais e não cabe em qualquer coração; talvez nem combine.
A mente é ampla demais e não cabe em qualquer contexto.
Se a mente fosse menor, os sentidos seriam menos sentimentais; mais exatos; menos humanos.
Ser humano não combina com extatidão porque, ser humano combina mesmo é com complexidade.
É preciso ser complexo para ser humano. Se é redundante eu não sei, só sei que pode ser verdade; a minha e não a sua.
O ser humano é ser tudo isso ao mesmo tempo. É ser exatamente sentimental, sem tirar, nem pôr.

Li num simples traço o tamanho do seu sentido.
Procurava enaltecer a si, enquanto partia tudo ao meio
Exatamente bela, sem tirar, nem pôr.
Exatamente deusa, sem limites, sem feiura
Sem riscos, nem tanto
Sem dividir em um ou dois
ao mesmo tempo dividida em mil
A cabeça é demônio; 
O coração é mãe sem tirar, nem pôr
Se for verdade é puro
Se for verdadeiro é eterno
do primeiro ao último tom
Sem tirar, nem pôr é vida e morte
amor e dor


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