Agora sei
Esse pranto já não cessa mais. Lágrima que cai no rosto, umedece o solo. O brilho que tens nos olhos é esperança, alegra. Terra quente. Aquece o coração, outrora seca a vida. Cerra os punhos, põe em guerra. Oração. Rogai por nós e se fazeis num descuido da agonia, brilha. Trilha o caminho de poeira e céu. Severo é o rachar da alma. Severo é o esforço. Nascer interrompido num raio de luz. Riqueza que nasce lá, desemboca em rio de amarguras. Não és feito de tristeza. Teu sorriso é correnteza. Fugaz. Não és feito de alegria. Teu choro é solitário, não se nota. Agora sei que em ti a terra é boa. Tem fartura, é só amor. Entregue ao acaso, entrega-me teu ser. É tudo. Teu solo é fértil. Vida que retribui. Morte que cede. Sede. Da alma, do amanhã que não chega, sobrevive. Do rigoroso pesar; desnecessário. Necessidade. Adiante, siga cantando a canção dos fortes, o brado dos invencíveis, carregando a pureza dos nobres. Ao meu querido, breve e inesquecível amigo, João Seve